Durante oito dias, o fotógrafo Fábio Pilger, 38 anos, percorreu a Amazônia para registrar a realidade contemporânea dos primeiros brasileiros, indígenas da etnia Tatuyo. Morador de São Leopoldo, no Vale do Sinos, e servidor municipal na cidade vizinha de Sapucaia do Sul, o profissional da imagem visitou o Norte do país no início de dezembro, e encontrou comunidades formadas sob ilhas artificiais, em tradições centenárias.
Na visita, o fotógrafo acompanhou a mudança da rotina dos habitantes durante a pandemia. Por lá, também usaram a máscara de proteção facial e mostravam o braço marcado pela vacina contra a covid-19.
— A aldeia recebe muitos turistas, e por dois anos tudo parou. Eles migraram para a fabricação de farinha de mandioca, para se sustentar durante esse período — conta.
A viagem rendeu uma centena de belas imagens, que contemplam famílias em suas casas, em situações do cotidiano, em rituais ou na recepção aos visitantes. Instrumentos de sopro são utilizados pelos nativos desde a infância, como mostram as fotos.
A captura dos momentos tem um intuito maior do que somente contemplativo: a partir da venda das fotografias, entidades assistenciais do Rio Grande do Sul serão auxiliadas.
— Quem compra a imagem, recebe um quadro, como quem recebe um presente. E o comprador indica a instituição que quer ajudar, para receber 75% do valor. A diferença eu uso para a moldura, que é diferenciada, e para cobrir parte dos gastos — detalha Pilger.
Caso o cliente não tenha alguma instituição em mente, são indicados locais de auxílio à população em vulnerabilidade. Além da foto impressa, será entregue uma moldura especial do projeto, batizado de Made In Brazil.
— É minha forma de retribuir tudo aquilo que eu recebo da fotografia. Doo o meu tempo para fotografar, faço o quadro e ainda fazemos uma doação — complementa.
Contatos com o fotógrafo podem ser feitos pelo WhatsApp (51) 99682-3111. Os trabalhos também podem ser vistos pelo perfil do Instagram @fabiopilgerfotografia, canal pelo qual também é feita a venda das imagens do projeto.
Confira a entrevista de Fábio Pilger ao programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha:
