A CEEE Equatorial deu início nesta quinta-feira (28) à primeira etapa da remoção de fiação excedente nos postes de Porto Alegre — a Avenida Francisco Silveira Bitencourt, no bairro Sarandi, na Zona Norte, é a primeira via a receber o serviço de retirada dos emaranhados de fios. A equipe deve trabalhar no local até 5 de novembro.
A cada mês, uma via da cidade afetada pelo mesmo problema deverá ser contemplada no plano. Para regularizar o uso das estruturas, o esquema de trabalho ocorre em diferentes etapas: primeiro, é feita uma inspeção, na qual equipamentos inativos são identificados, e em seguida as empresas responsáveis por esses cabos são notificadas. A partir daí, a fiação irregular começa a ser removida.
— Todas as empresas cadastradas já foram avisadas e orientadas para que providenciem sua regularização no compartilhamento de postes, a fim de evitar o desligamento de clientes cujas prestadoras de serviço estejam com contratos em vigor junto à CEEE Equatorial — disse o superintendente técnico da empresa, Júlio Hofer. — Seguimos o cronograma, e a etapa de hoje envolve a retirada de cabos excedentes, que estão em situação irregular e oferecem risco tanto para os profissionais que atuam na manutenção da rede elétrica como para os que realizam reparos no cabeamento de telecomunicações — explica.
Segundo o Grupo Equatorial, a empresa pretende reduzir a poluição visual da cidade e garantir maior segurança para a população e para quem trabalha nos postes.
Além de Porto Alegre, o serviço começará a ser realizado em Guaíba, na Avenida Nestor de Moura Jardim, na sexta-feira (29). Os clientes atendidos nos endereços citados e nos arredores foram comunicados, por e-mail, das ações que ocorrerão nos próximos dias.
A ideia é estender a iniciativa para outras cidades gaúchas atendidas pela CEEE Equatorial a partir do próximo mês.
Fiação subterrânea
A prefeitura de Porto Alegre chegou a levantar a hipótese de exigir a fiação elétrica subterrânea para solucionar o problema dos emaranhados de fios, mas esbarrou no custo elevado para o projeto sair do papel.
A CEEE Equatorial calcula que implantar uma rede subterrânea custa entre 11 e 12 vezes mais do que uma aérea. Conforme reportagem de GZH, o valor necessário para colocar um quilômetro de cabo embaixo do chão costuma sair por cerca de R$ 10 milhões.
Atualmente, apenas o Centro Histórico e a região revitalizada da orla do Guaíba possuem fiação subterrânea.