Houve manifestação em Porto Alegre, na manhã deste domingo (28), contra a judicialização da volta às aulas presenciais no Estado. Os participantes da mobilização se reuniram perto do Parque Marinha do Brasil e saíram em carreta com destino ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS). O ato é organizado pelo projeto Lugar de Criança é na Escola RS e conta com o apoio da Associação de Escolas Privadas de Educação Infantil do Rio Grande do Sul.
A pedagoga Fabiane Vitória, 41 anos, integrante do projeto Lugar de Criança é na Escola RS, afirma que o principal objetivo do protesto é garantir aos pais o direito de escolha sobre o retorno às salas de aula, respeitando cronograma e protocolos do governo do Estado.
— A volta às aulas é voluntária. Dá o direito da família escolher. Na visão do Legislativo, da lei, e também do Executivo. Como judicializou, nega para todo mundo. Então, essa é a nossa questão. Tirar essa judicialização, devolver para as famílias o direito de escolha, respeitando um calendário que o governador vai estabelecer, escalonado, híbrido, aos poucos. É isso que nós queremos — explica a pedagoga.
A carreata percorreu avenidas da região central da Capital, como Edvaldo Pereira Paiva, Aureliano de Figueiredo Pinto, Augusto de Carvalho, Loureiro da Silva e Borges de Medeiros. Balões nas cores amarelo e preto enfeitavam os veículos que participavam do ato.
Por volta das 11h, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que acompanhou a manifestação, informou cerca de 55 veículos na carreta.
No fim do movimento, os participantes realizaram ato simbólico em frente ao TJ-RS, deixando mochilas e materiais escolares no local. Os equipamentos foram doados a uma instituição de caridade.
Na sexta-feira (26), o governo do Estado pediu uma medida judicial de urgência pela retomada das atividades presenciais de ensino nas escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul. O retorno foi suspenso liminarmente no início do mês por uma ação civil pública ajuizada pela Associação Mães e Pais pela Democracia, devido ao agravamento da pandemia de coronavírus. O pedido do governo se refere a essa liminar. Até o momento, a Justiça não tomou decisão sobre o pleito do Piratini.