Um protesto do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS) causou congestionamento na Avenida Ipiranga na manhã desta segunda-feira (7). A manifestação reuniu 10 trabalhadores ligados à área da saúde, que bloquearam a entrada do estacionamento do Hospital São Lucas, da PUCRS, no bairro Partenon, desde as 6h30min. A pista foi liberada às 7h40min.
– Queremos reconhecimento pelo trabalho neste período de pandemia. Estamos dobrando escalas e adoecendo, e não há reconhecimento - diz o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien.
Com a interdição, a faixa da direita e as duas centrais ficaram ocupadas por automóveis, no sentido zona leste-Centro. Apenas a faixa da esquerda seguiu liberada ao trânsito, insuficiente para dar conta do fluxo.
Os manifestantes usavam roupas brancas, semelhantes às de atendimento médico. Nos banners, as frases “palmas não bastam” e “recomposição salarial para quem salva vidas”.
Às 7h15min, a Brigada Militar chegou ao local para negociar o fim da manifestação. A BM solicitou a saída dos manifestantes da via, mas o grupo se mostrou irredutível. Não houve uso de força em nenhum momento do protesto.
A previsão do sindicato era trancar a entrada da instituição até as 9h, mas a liberação ocorreu às 7h40min.
Às 7h20min, o congestionamento chegava à Avenida Antônio de Carvalho, mais de dois quilômetros distante do hospital.
O Sindisaúde representa profissionais de nível fundamental, médio e técnico em hospitais, clínicas (ambulatórias, odontológicas, estéticas e veterinárias), laboratórios, geriatrias, consultórios médicos, pet shops, autônomos e aposentados da área da saúde que não possuem sindicato próprio.