Mesmo com a inauguração na última quinta-feira e três alças já liberadas para fluxo, a nomenclatura da nova ponte do Guaíba ainda é uma incógnita. A passagem, ligando os kms 95 (freeway, perto do CT do Grêmio) ao km 99 (região das Ilhas) da BR-290, ainda não tem quilometragens definidas e nem um nome oficial.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit), a nova Ponte do Guaíba ainda não foi inserida no Sistema Nacional Viário (SNV, onde estão registrados todos os códigos das rodovias, com letras e números), mas "faz parte do subtrecho das rodovias coincidentes BR-116 e BR-290". Entretanto, o departamento não respondeu aos questionamentos sobre os quilômetros de referência no local. Também não foi esclarecido pelo Dnit quando deve ocorrer a homologação da nomenclatura nem o motivo da demora.
Esse impasse não diz respeito ao chamado nome "de batismo" da ponte. A antiga travessia do Guaíba, por exemplo, é denominada Ponte Getúlio Vargas desde 1962. Este nome precisa ser definido a partir de projeto de lei no Congresso Nacional.
Na prática, o principal transtorno é na fiscalização dos agentes da Polícia Rodoviária Federal. O policiamento para evitar crimes e prender prender pessoas em caso de ação criminosa vai ser feito. Mas, para o registro de infrações de trânsito, haverá transtornos.
— Não podemos fazer a fiscalização e registrar infração lá se não houver nome e nem quilometragem. Mas garantimos que vamos fazer o policiamento em caso de crime — garantiu o chefe de comunicação da PRF no RS, Felipe Barth.
Fiscalizações por excesso de velocidade, por exemplo, não poderão ser flagradas no trecho. Todavia, se o condutor estiver dirigindo perigosamente e a PRF identificar essa ação, haverá abordagem.
A nova ponte do Guaíba começou a ser construída em 2019 sobre a foz do Rio Jacuí. O trecho tem 2,9 kms de extensão e liga a região das Ilhas à freeway, na zona norte de Porto Alegre.
*Colaborou Bruna Viesseri