Uma nova reunião vai ocorrer na manhã desta terça-feira (22) para discutir divergências entre funcionários da empresa Sogal e rodoviários da companhia. O encontro, marcado para 11h de forma remota, terá mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e vai contar com participação da prefeitura de Canoas. Na tarde desta segunda (21), uma reunião administrada pelo MPT com trabalhadores e a empresa terminou sem acordo.
Os funcionários da Sogal realizaram desde o início desta segunda-feira uma "operação tartaruga", quando veículos circulam em baixa velocidade e com uma frequência menor do que a prevista por tabela.
Os trabalhadores alegam que não receberam valores referentes ao 13º salário, horas extras e benefícios como tíquete alimentação. Devido ao protesto, poucos ônibus da Sogal circularam pela cidade ao longo da manhã e parte da tarde. Entretanto, segundo os trabalhadores, o atendimento voltou a ser realizado de forma plena nesse final de tarde, e deve permanecer normalizado até amanhã, 8h30.
A reportagem de GZH circulou por Canoas ao longo da tarde. Nas paradas de ônibus, passageiros aguardavam há mais de uma hora pelo coletivo. A auxiliar administrativa Suellen Garcia, de 21 anos, esperava a condução para ir para o bairro Niterói, em Canoas.
— Está uma espera maior do que o habitual. É um incômodo. É um calorão, e a gente ficou o dia todo. E eu só tenho passagem no cartão, não tenho outra alternativa. O trem fica longe da minha casa — lamentou.
Enquanto os ônibus não passavam, motoristas de veículos leves ofereciam transporte clandestino para bairros. Caso o impasse não seja resolvido até quarta-feira, os trabalhadores prometem entrar em greve e paralisar o serviço.