A possibilidade de lockdown em Porto Alegre tem sido motivo de discussão entre diferentes setores econômicos. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (20), o presidente do Sindicato da Indústria e da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Júnior, expressou preocupação em caso de confirmação da medida na Capital.
Segundo o presidente, os funcionários do setor tiveram acompanhamento de 62 dias após a retomada dos serviços e não foram registrados casos de coronavírus, em razão das medidas como utilização de álcool gel, máscaras, distanciamento e medição de temperatura. No entanto, nenhum deles de fato chegou a realizar testes para a doença, confirma Dal Molin.
— Não nos parece que a paralisação das nossas atividades vá contribuir para a redução dos contágios. Nós estamos cumprindo todos os protocolos. (...) Nós não concordamos com a paralisação porque não traz benefício de proteção — afirmou.
Dal Molin ainda afirmou que a gestão municipal deveria ter "uma visão para fazer seleção de atividades e permitir que aconteçam, com todos os protocolos". Assim, segundo ele, haveria diminuição dos efeitos econômicos, como desemprego e o desespero, que "aumenta a criminalidade, pois a fome começa a aumentar".