Circulando desde sábado pelas ruas do Moinhos de Vento, o Grilo vem despertando muita curiosidade e uma série de elogios. A nova aposta para o transporte de Porto Alegre para corridas curtas é um triciclo 100% elétrico e motorizado capaz de transportar até duas pessoas. Cerca de 40% menor do que um carro popular, ele circula a até 50 km/h e sobe lombas sem problemas. Em um primeiro momento ele funcionará em um perímetro de 2,6 quilômetros do Moinhos de Vento, com chance de expansão conforme a demanda.
Durante a pandemia, o Grilo está funcionando apenas para receber doações para a ONG Cozinheiros do Bem e para efetuar favores a integrantes do grupo de risco da covid-19, como entregas. A ideia é que os frequentadores do bairro conheçam e se familiarizem com o novo integrante do trânsito porto-alegrense e aproveitem para conhecê-lo melhor fazendo uma doação. Não há custo, exceto o próprio donativo.
Embora a empresa considere a adesão à plataforma um sucesso - foram 1.850 downloads do aplicativo Grilo Mobilidade até a tarde de terça-feira, o número de doações ainda é tímido.
- A última doação de vulto que recebemos para a ONG está perto do final e cada vez mais gente nos pede ajuda. É um aperto enorme. Pedimos demais que nos ajudem principalmente com os itens da cesta básica e com materiais de higiene, como sabonete líquido e álcool gel para serem distribuídos a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade - declara Julio Ritta, coordenador da ONG Cozinheiros do Bem, que faz e distribui refeições a moradores de rua entre outras ações.
GaúchaZH conversou com três pessoas que já chamaram o Grilo para dizer o que acharam.
"Achei o veículo muito bacana e muito a cara da região. Como ele é pequeno, cabe em qualquer vaguinha, acho que ele pode ser bacana também para uma volta rápida, como um pulo na farmácia ou para mandar fazer uma entrega. Recomendo ao pessoal chamar para conhecer o carrinho e já nos mandar uma doação."
Pedro Hoffmann, empresário do Peppo Cucina, um dos pontos que está recebendo as doações para a ONG
"Achei um encanto. Achei um veículo muito inteligente, porque ele é elétrico, não polui e ele pode fazer pequenas voltas, para uma entrega ou uma pequena compra. Não tem a preocupação de ter que estacionar. E é um amor. Sentei no banco de trás e fiquei perfeitamente bem. Claro que não é para fazer uma viagem, mas para andar no bairro fazendo pequenos serviços. Eu adorei."
Tânia Carvalho, jornalista
"Eu achei um veículo muito legal. É como os tuk tuks que a gente vê na Índia, vê em Portugal, mas melhor, porque é fechadinho. Acho que tem tudo pra dar certo. Pena que nesse momento as pessoas não podem sair, especialmente aqui no bairro que é um dos mais velhos da Capital. Postei um videozinho (ver abaixo) e as pessoas têm me perguntado de tudo. Estranhei que em vez do volante tem um guidão. Talvez assuste um pouco como toda inovação, mas achei bárbaro."
Mireia Borges, comunicadora digital