Apesar do frio registrado na manhã deste sábado (25), em Porto Alegre, aqueles que buscam os auxílios financeiros do governo federal formaram uma fila de, aproximadamente, 200 pessoas na agência da Caixa da Praça da Alfândega, no Centro Histórico.
Marinês Gonçalves, 58 anos, é trabalhadora autônoma e atua como cuidadora de idoso. Às 7h, ela saiu de casa em direção à agência perto de sua casa, na Lomba do Pinheiro, zona leste da Capital. Mas deparou com um aviso dizendo que somente quatro estabelecimentos da Caixa estariam abertos neste sábado. Às 9h30min, ela chegou na fila da unidade da Praça da Alfândega e saiu com o auxílio em mãos somente ao meio-dia:
— Desde março, quando as regras ficaram mais rígidas, estou sem trabalhar. Vim em busca da terceira parcela do auxílio emergencial para conseguir passar o mês, mas esse valor é somado à ajuda que recebo dos meus filhos, porque com R$ 600 não tem como sobreviver.
Rafael dos Santos, 21 anos, estava em busca do saque emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que tem outro calendário. Ele saiu de casa cedo, mas também bateu na porta da agência errada.
— Passei na agência da Campos Velho e vi o aviso de quais estariam abertas. Agora, estou aqui nesta fila há 1h30min — relatou o jovem.
Ricardo Bier Troglio, superintendente da Caixa, pontua que o atendimento na manhã de hoje foi intenso porque coincidiu com a retirada de benefícios de dois calendários: o do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, e do saque emergencial do FGTS, no montante de até R$ 1.045. Entretanto, observou que a movimentação foi maior na agência do Centro Histórico.
— Muitas pessoas vieram de diferentes bairros para esta unidade. Por isso, reforçamos o atendimento com o chamamento de funcionários de outras agências. E as unidades, que estavam abertas neste sábado, mas que haviam encerrado seu atendimento tiveram funcionários deslocados para o Centro para suprir a demanda dos beneficiários — afirma.
Já próximo do meio dia – horário de encerramento dos atendimentos – funcionários da Caixa passaram a distribuir senhas para as mais de 150 pessoas que ainda permaneciam na fila de espera, disse Toglio:
— Todos que estavam na fila até meio-dia estavam assegurados de que seriam atendidos.
Ao chegar na porta da agência, uma funcionária higienizava as mãos dos beneficiários que acessavam o local.