Um dias antes da entrada em vigor do novo decreto que volta a restringir atividades em Porto Alegre, o centro da cidade registrou movimento intenso na manhã desta segunda-feira (15), com aglomerações próximas do que se via antes da eclosão da pandemia.
Preocupado com o avanço do coronavírus, o prefeito Nelson Marchezan decidiu determinar a suspensão das atividades de empreendimentos com faturamento anual acima de R$ 4,8 milhões. A medida valerá a partir de terça-feira (16).
Ainda que a limitação não atinja a maior parte das micro e pequenas empresas e que tenha sido flexibilizada em relação ao que se previa na última sexta-feira (12), dezenas de pessoas circularam pela zona central da Capital para fazer compras antes das novas limitações. A maioria usava máscaras.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira (15), o prefeito disse que, devido à atual situação epidemiológica, as regras poderão se tornar mais rigorosas em breve.
— Hoje, o que está no nosso horizonte não é em hipótese nenhuma retirar qualquer restrição e ampliar a circulação. O que está no horizonte para os próximos dias já, se esta projeção não estiver equivocada e não se alterar, é a gente ampliar as restrições — alertou Marchezan.
Conforme o gestor, a tendência é de que a Capital registre demanda acima da capacidade de atendimento nas UTIs em duas ou três semanas:
— Portanto, é importante que a cidade faça o que o mundo está fazendo, que é se preparar para restrições que se ampliam e diminuem. Mudanças de hábitos na economia, na atividade pública, nas relações familiares e pessoais e nos negócios. Infelizmente. Não tem culpado por isso, só um: o vírus, a pandemia. Quanto mais rápido nos adaptarmos, mais preparados estaremos para enfrentá-la.
