É preciso se esquivar da covid-19, lançar vacinas para matar o vírus e mandar o maior número de pessoas para casa. Tem de ter bom reflexo e pontaria para dar um fim à pandemia — pelo menos na tela do computador.
Um menino de 11 anos de Canoas, na Região Metropolitana, criou o jogo “Covid-19 Game” para uma competição da sua escola de programação e robótica para crianças e adolescentes. Com ele, Victor Gabriel Pitrosky Agostini desbancou cerca de 70 concorrentes e levou o primeiro lugar nacional da Super GameJAM, da SuperGeeks, que neste ano teve o combate à pandemia como temática. Acesse o jogo neste link.
O menino, que sonha em ser programador de jogos, fez o game em cinco dias. Em isolamento social, dedicava-se ao jogo assim que terminava a aula a distância — cursa o sexto ano no Colégio Concórdia. O feriado de Sexta-Feira Santa também foi todo dedicado a isso.
Victor diz que já acompanhava um pouco as notícias relacionadas ao coronavírus, mas passou a prestar mais atenção nas reportagens da TV e da internet para embasar o game. Nele, você deve apanhar o maior número de máscaras e tubos de álcool gel para ganhar munição (que, no caso, são vacinas arremessadas contra o corona). Cada nível tem nome de um profissional da saúde: você começa em técnico em enfermagem e, se tiver êxito, chega a médico especialista no final.
— Ele se engajou bastante, ficou bem motivado. Logo que passaram o desafio, começou a ter ideias — diz a mãe, a dona de casa Juliana Pitrosky Agostini, 43 anos.
No computador, atira na tecla X e pula na seta para cima. No celular, basta clicar nos botões da esquerda e direita. Veja mais do jogo:
Juliana fez parte da equipe de testes dentro de casa durante a elaboração do jogo. Achou bem difícil avançar de nível. Na verdade, nem o próprio Victor conseguiu vencer seu game ainda.
— É muuuito difícil de virar. O último level tem de ter cem pessoas curadas. Bah, não sei quando vou conseguir.
Convencido de que seu jogo ajuda na conscientização de questões como o distanciamento social, a necessidade de usar máscaras e de higienizar as mãos, ele faz a provocação aos leitores:
— Tá lançado o desafio aí: vamos ver quem consegue virar!