O dia da camareira Ilda Martins começou antes das 7h desta quinta-feira (30). Moradora de Viamão, na Região Metropolitana, ela tomou um rápido café da manhã, pegou um ônibus no bairro Krahe até o Centro, para buscar seu auxílio emergencial. No entanto, às 16h, ela ainda estava na fila Caixa Econômica Federal, onde esperava ser atendida.
— O meu dia está horrível. Eu estou só com um café. A gente fica nessa expectativa que vai dar. A fila não termina nunca. Não sei se vai dar. Eu creio à Deus que dê — disse.
O valor de R$ 600 foi liberado pelo governo federal para ajudar trabalhadores afetados pela crise do coronavírus. É o caso de Ilda, que perdeu o emprego informal recentemente, após o início da pandemia pois a "patroa não tinha mais para pagar".
Mãe de dois filhos, a mulher diz que ainda tem alimento em casa, mas conta com o auxílio para pagar o aluguel.
— Todo mundo que está aqui tem esse direito. Eu até ajudei umas pessoas que estão pior, os carroceiros que estão pior que eu. Mas estou preocupada com o meu aluguel — lamentou.