A Polícia Civil prendeu mais três pessoas suspeitas de integrar suposto esquema para extorquir assessores da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Dois diretores da MunicredPOA, que atende servidores municipais, e um gerente vinculado à financeira foram presos temporariamente nesta terça-feira (8).
Os detidos não tiveram os nomes divulgados. As prisões foram realizadas na Capital e em Canoas.
De acordo com a polícia, a segunda fase da chamada Operação Argentários busca investigar o núcleo financeiro do suposto esquema. Na primeira etapa da ofensiva, na terça-feira da semana passada, o vereador André Carús (MDB) foi preso suspeito de obrigar servidores a tirarem empréstimos consignados para entregarem o dinheiro a ele.
Carús — que se licenciou do cargo por tempo indeterminado — teve a prisão temporária prorrogada e está no Presídio Central. Ele nega as acusações.
Na segunda-feira (7), um assessor do parlamentar que, segundo a polícia, tinha "participação ativa" no esquema foi preso. Outras duas pessoas detidas na operação já foram soltas.
Com as prisões realizadas nesta terça, a investigação busca mais informações sobre os empréstimos consignados aos servidores. A maioria alegava que tinha problemas de saúde, o que a polícia apurou não ser verdade. A ideia, conforme a apuração, era agilizar a liberação do dinheiro, que seria repassado ao vereador. Os servidores seguiam pagando as parcelas, mesmo após possíveis demissões.
Em contato com GaúchaZH, a assessoria de imprensa da MunicredPOA informou que a cooperativa não vai se posicionar nesse primeiro momento, pois a defesa está aguardando acesso às informações.