Depois de seis meses em obras, foi entregue aos porto-alegrenses um novo retorno para veículos na Avenida Ipiranga, sobre o Arroio Dilúvio. A estrutura foi liberada para tráfego às 10h desta sexta-feira (16).
Com três pistas e 26,5 metros de extensão, as faixas têm sentido único de acesso e estão localizadas na altura do Museu de Ciência e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), de frente para a saída do estacionamento do Hospital São Lucas. Duas novas sinaleiras foram instaladas para controlar o fluxo no local.
— Vai reduzir sensivelmente o tráfego na frente da universidade. Os veículos poderão fazer o retorno antes, sem ir até a (Avenida) Cristiano Fischer, o que vai evitar muitos congestionamentos — estima o diretor de operações da EPTC, Paulo Ramires.
Estudos da prefeitura apontam que 55 mil veículos circulem pela região diariamente, em ambos os sentidos. A construção foi bancada inteiramente pela PUCRS e faz parte de melhorias anunciadas em comemoração aos 70 anos da instituição, celebrados em 9 de novembro de 2018.
— A nossa ideia é beneficiar não só quem usa a universidade, mas toda população — afirma o gerente de Infraestrutura da PUCRS, Hélio Giaretta Júnior.
O engenheiro informa ainda que até o ano que vem o retorno deverá ter ligação com o estacionamento do Hospital São Lucas:
— Estamos fazendo estudo dos impactos, o que vai precisar de aumento nas cancelas, e construção de cinco a seis ruas internas. Com as duas vias que temos hoje, na saída do estacionamento, não tem como (liberar). Não basta inverter o sentido e liberar os carros, pois vai acabar trancando o trânsito na própria Ipiranga.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior participou do ato de inauguração. Em discurso ao lado do reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, ele agradeceu pelo investimento e comemorou a celeridade dos trabalhos em parceria com a iniciativa privada.
— Que inveja! Tão rápido. Começou em fevereiro. Precisamos fazer mais, liberar a máquina pública, que precisa passar por todo imbróglio da licitação, atrasada e burocrática — disse.
Questionado pela reportagem de GaúchaZH, Marchezan afirmou que casos com o da trincheira da Avenida Ceará — há quase oito anos em construção — não são vistos em projetos da iniciativa privada.
— A Ceará foi um erro de projeto, que não previu a construção de uma casa de bombas. O setor privado quer terminar logo para receber e fiscaliza melhor. Temos que fazer mais parcerias como essa — afirmou.