Após o contato de uma leitora, que alertava para a morte de peixes no lago do Parcão, em Porto Alegre, GaúchaZH foi ao local e confirmou que, na água esverdeada e lamacenta, havia animais boiando sem vida. A reportagem procurou a prefeitura e um biólogo da UFRGS em busca de explicações para o fenômeno.
De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), o lago tem "excesso de matéria orgânica" e a formação de algas poderia reduzir o oxigênio, afetando as condições necessárias para que os peixes vivam no local. A pasta acrescenta que o motor para aumentar a quantidade de oxigênio na água é ligado diariamente. Ainda conforme a Smams, os peixes foram introduzidos no lago pela população, e as águas artificiais podem não oferecer as características necessárias para o desenvolvimento adequado de algumas espécies.
O biólogo Luiz Roberto Malabarba, professor do Departamento de Zoologia da UFRGS e especializado no estudo dos peixes, afirma que os animais podem estar morrendo de frio.
— É algo natural, as tilápias (peixes de origem africana) não resistem quando há um decréscimo na temperatura. Isso aconteceu em outros anos também — disse, referindo-se às baixas temperaturas da semana passada.
Conforme a prefeitura, está sendo analisada uma maneira de revitalização do local em parceria com o grupo de adotantes — Melnick Even, Panvel, Grupo Zaffari e Hospital Moinhos de Vento. Atualmente, o lago não está sob responsabilidade das empresas.