Aos 11 anos de idade, Buzz está encaminhando a aposentadoria. O vira-lata passou os últimos anos abanando o rabo peludo pelos hospitais Conceição, São Lucas da PUCRS e Clínicas e na sede do Instituto do Câncer Infantil, em Porto Alegre, onde ajudava crianças em tratamento por meio de um projeto chamado Pet Terapia.
O cão está ajudando a preparar o sucessor, o Terrier brasileiro Billy, de um ano e meio. Eles são treinados de duas a três vezes na semana pelo adestrador Jone Batista Cardoso, e já fazem visitas juntos às alas de oncologia pediátrica vestindo um crachá do Instituto do Câncer Infantil, com nome e foto.
Em reportagem de 2018, GaúchaZH mostrou Buzz "adivinhando" a idade dos pacientes em latidas, posando comportado para fotos e rolando uma, duas, três vezes — sempre que alguma criança pedia. A interação com os cachorros aumenta a autoestima das crianças, especialmente pela possibilidade de elas mesmas darem os comandos, segundo Cardoso. Conforme a psicóloga do Núcleo de Apoio ao Paciente, Roberta Medeiros, a terapia assistida por animais beneficia o paciente oncológico e também o familiar.
—A Pet Terapia oferece um espaço para expressão das emoções, desenvolvimento sócio-emocional, condições de sentimentos positivos, colaborando na redução da ansiedade e estresse — explica Roberta.