Pela segunda vez em apenas três dias, um barco foi apreendido na Grande Porto Alegre durante o transporte em razão de irregularidades apuradas em uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na quarta-feira, o deslocamento de uma embarcação avaliada em R$ 7 milhões foi interrompido em Gravataí por falhas na documentação. Na tarde desta sexta (14), outro barco, de valor estimado em cerca de R$ 2,5 milhões, acabou apreendido na BR-116 em Eldorado do Sul por não contar com o tipo de escolta previsto na legislação para ser rebocado por via terrestre.
Por ter grandes dimensões e viajar por trechos de rodovia de pista simples, a embarcação precisava contar com dois veículos de escolta como medida de segurança, mas havia apenas um acompanhando o percurso. Uma parte da documentação que especificava essa obrigação foi removida dos papéis encontrados durante a abordagem, segundo a PRF, como forma de tentar esconder o descumprimento da norma.
A transportadora responsável pelo serviço, também conforme os policiais, é a mesma envolvida na apreensão realizada na quarta-feira. A PRF não informou o nome da empresa.
O barco, a exemplo do caso anterior, também fazia o mesmo trajeto entre Santa Cruz do Sul e Itajaí. A assessoria de comunicação da PRF não soube especificar qual a razão da rota prevista ser a mesma.
Uma das hipóteses é que os barcos sejam fabricados ou passem por serviços de uma mesma empresa localizada no município gaúcho, e se desloquem para Itajaí em razão da existência de um porto na cidade catarinense – onde embarcações podem ser colocadas na água ou transportadas mais uma vez para outro Estado ou país.
A multa aplicada à transportadora foi de aproximadamente R$ 200. A embarcação, cujas dimensões não foram informadas pela PRF, ficaria apreendida até a regularização dos papéis e a disponibilização das duas escoltas previstas na legislação.