Pela primeira vez, a prefeitura de Porto Alegre disponibilizará uma área para receber o público participante da 12ª Parada de Luta LGBTI, que neste ano ocorrerá entre os dias 28 e 30 de junho. Mas não será qualquer espaço. Meses antes do lugar ser entregue ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) para o Acampamento Farroupilha, o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho abrigará o Acampamento da Diversidade.
—É uma questão de respeito à causa (de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros e intersexuais). Políticas públicas devem ser ofertadas a todos independentemente de questões sociais ou sexuais. Se abrimos o acampamento para os gaúchos (tradicionalistas), a gente também tem a obrigação de servir a outros públicos, tratando todos de forma igual — diz Leandro Balardin, diretor de Turismo e Eventos da prefeitura.
A estimativa é receber entre 20 mil e 50 mil pessoas de fora da cidade nos dias da Parada. Por isso, a prefeitura aposta no evento como fator de estímulo ao turismo no município.
—Ela (a Parada) tem que ser respeitada, mas sobretudo explorada por ter um grande potencial de injetar dinheiro na economia da cidade. Cada pessoa (participante) vai consumir, se locomover, curtir a nossa orla, e vai deixar um recurso significativo.
No acampamento, será disponibilizada uma estrutura com banheiros químicos, chuveiros e energia elétrica para servir aos turistas, além de segurança. A prefeitura, que não cobrará pela pernoite no local, estima que boa parte da rede hoteleira esteja indisponível na data por causa da Parada e também da Copa América.