Centrais sindicais convocaram greve geral para esta sexta-feira (14), em todo o país, contra a reforma da Previdência que tramita na Câmara dos Deputados. Em Porto Alegre, uma caminhada foi realizada. O grupo saiu da Esquina Democrática, onde realizava ato, por volta das 18h, e partiu em direção ao Largo Zumbi dos Palmares.
Os participantes empunham faixas contra a mudança nas regras previdenciárias, em defesa da educação e com críticas contra o governo federal. Além disso, o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes e as conversas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol sobre a Operação Lava-Jato também foram lembrados pelos manifestantes.
O ato oficial foi encerrado por volta das 19h55min. No entanto, cerca de 50 manifestantes seguiram no local e bloquearam a Avenida Loureiro da Silva. A Brigada Militar tentou negociar a saída pacífica do grupo. Após a recusa, os policiais atiraram pelo menos cinco bombas de efeito moral para dispersá-los. Às 21h15min, a Loureiro da Silva foi liberada.
Veja como foram as movimentações do dia:
Pela manhã, houve mobilizações em pelo menos 48 cidades gaúchas. Ao todo, 75 pessoas foram presas presas. No início do dia, houve bloqueio de garagens das empresas de ônibus de Porto Alegre, mas a situação foi normalizada por volta das 6h30min. Os coletivos operam normalmente na cidade. No Trensurb, ocorreram invasões em diversos pontos do sistema pelos manifestantes, mas o serviço foi retomado perto das 8h.
Em todo o Estado, 97 escolas foram afetadas pela greve — 64 com paralisação total e outras 33 parcialmente afetadas. Em Porto Alegre foram 24 fechadas e 17 com atendimento parcial. Também na Capital, das 140 unidades básicas de saúde, pelo menos 18 foram fechadas.
Nas estradas, houve pelo menos 15 pontos com bloqueios e manifestações em rodovias federais e estaduais.