Os funcionários do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre não poderão almoçar ou jantar no local de trabalho a partir desta quinta-feira (14). O corte ocorrerá em razão da ausência de trabalhadores terceirizados responsáveis pelo preparo das refeições, por causa da falta de pagamento de salários por parte da empresa que presta o serviço ao hospital. A alimentação será fornecida normalmente aos pacientes.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirma que não efetuou o pagamento referente ao mês de janeiro à empresa por causa do atraso na entrega da documentação que comprove a realização dos trabalhos previstos em contrato. A RS Acessória, responsável pela prestação dos serviços, não foi localizada pela reportagem.
De acordo com o presidente da Associação dos Servidores do HPS, Paulo Ricardo Silva Oliveira, os terceirizados não recebem o salário regularmente desde setembro e estão contando com a ajuda de colegas para custear a ida ao trabalho.
- Eles receberam apenas R$ 800 em dezembro, referentes ao mês de novembro – relata Oliveira.
Com a ausência dos terceirizados, profissionais do quadro efetivo do hospital se responsabilizaram pelo preparo dos alimentos. Diariamente, são servidos 800 almoços e 450 jantares na instituição.
- A atividade de muitos servidores não comporta que eles se afastem para fazer a refeição em outro local. Quem trabalha à noite, principalmente, não tem como sair – diz o presidente do sindicato.
O que diz a nota da Secretaria da Saúde:
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que há atraso por parte da empresa na entrega da documentação que comprove o cumprimento de obrigações referentes à contratação de serviços para realização de refeições no Hospital de Pronto Socorro. Destacamos que a empresa foi notificada e as refeições seguem sendo realizadas por funcionários do quadro e servidas normalmente aos pacientes. Cabe ressaltar que quanto aos servidores, os mesmos recebem vale alimentação como todos os demais servidores do município, ao passo que se regularize a situação contratual seja restabelecida a capacidade total, as refeições serão novamente fornecidas na sua integralidade, tanto para pacientes quanto servidores.”