Em meio às negociações para tentar viabilizar o Carnaval 2019 em Porto Alegre, dois representantes da carioca Dream Factory — braço do grupo empresarial que promove o Rock'n Rio — visitaram o Porto Seco no feriado de Proclamação da República. Eles conheceram o espaço para avaliar se há interesse em explorar comercialmente o local para outros eventos, condição básica para que a empresa assuma também o desfile das escolas de samba. A resposta deve vir na próxima semana.
— Acho que eles compreenderam bem que é um local que tem que ser feito. Hoje, só existe como sambódromo — disse o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierrez.
Caso a empresa carioca aceite a parceria, uma das possibilidades é firmar um contrato de dois anos, renovável por mais dois anos. Conforme o presidente da Liespa, o Carnaval do ano que vem deve sair mesmo sem o vínculo com a empresa. A diferença, segundo ele, será o formato, mais simples do que em edições anteriores.
Desde 2016, o Carnaval de Porto Alegre não conta com verba da prefeitura para sua realização. Inaugurado há 14 anos e com R$ 16 milhões gastos na construção dos prédios e na pavimentação da pista, o Complexo Cultural do Porto Seco está em estado de abandono. Em janeiro, a prefeitura assinou a concessão do local à Liespa e à União das Escolas de Samba do Grupo de Acesso de Porto Alegre (UECGPA). O objetivo, segundo o Executivo, era permitir que as agremiações carnavalescas firmem uma Parceria Público-Privada (PPP) e possam ocupar a área o ano todo.