Um cão da raça pitbull matou uma yorkshire no Parque Germânia, na zona norte de Porto Alegre, no início da tarde desta quinta-feira (4). Segundo a administração do parque, os dois animais estavam sem coleira guia e o pitbull não usava focinheira.
Segundo uma testemunha que não quis ser identificada, o pitbull estava solto dentro do cachorródromo. Ele teria passado por baixo da grade e saído do espaço, indo em direção a yorkshire.
— O pitbull pegou ela como se fosse um ursinho de pelúcia — relata a testemunha, que se diz frequentadora assídua do parque.
Proprietária do animal morto, a dona de casa Adriana Ferreira, 50 anos, relata que os donos do pitbull não conseguiram contê-lo.
O gestor administrativo da Associação de Amigos do Bairro Jardim Europa (AAJE), Caio Fittipaldi, que auxilia na manutenção do Parque Germânia, afirma que não há câmeras de segurança no local. Mas ele relata que um segurança presenciou parte do ocorrido.
Adriana registrou um boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia Civil, e o animal foi cremado pela família. Segundo Cleber Lima, delegado da 14ª DP, o caso deverá ser apurado para verificar se houve negligência de quem estava responsável pelo pitbull. O boletim de ocorrência não traz informações sobre quem seriam esses responsáveis.
Uma lei estadual, de 2005, determina que raças consideradas mais ferozes, como pitbull e rottweiler, são obrigadas a passear com coleira, guia curta de condução, enforcador e focinheiras em lugares públicos. No aspecto criminal, a Lei das Contravenções Penais diz, no artigo 31, que "deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso", pode resultar em pena de 10 dias a dois meses de reclusão ou multa.
O médico veterinário Luiz Antônio Scotti, especialista em comportamento animal, explica que o pitbull é uma raça muito forte, mas a agressividade pode resultar da forma como o animal foi educado.
— Conheço pitbulls que são extremamente dóceis. Mesmo assim, não devemos descuidar — afirma.