Inicialmente previsto para esta quarta-feira (24), o início da operação da nova Área Azul de Porto Alegre foi adiado para a próxima quarta-feira (31). Embora já tenha sido concluída a instalação dos 42 equipamentos e a sinalização das mais de 700 vagas da área do Centro I, que contempla ruas do Centro Histórico, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) diz que ainda precisa preparar os fiscais de trânsito para usar o novo sistema.
A principal novidade é que não será mais necessário colocar o comprovante no painel do veículo. No terminal, o condutor vai digitar a placa e selecionar a forma de pagamento. Um comprovante será impresso, mas o monitoramento do tempo de permanência na vaga será feito pelos agentes da EPTC de forma online, pela placa.
O valor mínimo do ticket já é de R$ 1,05 por meia hora, mesmo nos parquímetros antigos. Moedas continuarão sendo aceitas, e haverá a possibilidade de pagamento com cartões de crédito, débito ou pré-pagos. Além das novas modalidades de pagamento, haverá um aplicativo para smartphones, o Digipare. Com ele, o motorista poderá adquirir créditos, monitorar o tempo e, caso seja permitido, prorrogar o período de estacionamento. Os créditos também poderão ser adquiridos por telefone ou por SMS.
Enquanto não houver a conclusão da instalação de todos os parquímetros na região do centro da cidade, os antigos equipamentos ficarão desligados, desobrigando os usuários de pagar pelo serviço da Área Azul nesta área.
Os novos parquímetros estão sob responsabilidade da empresa Zona Azul Brasil, vencedora da licitação lançada pela prefeitura. O contrato terá duração de 10 anos e prevê que 37% dos valores arrecadados pela empresa sejam repassados à administração municipal.
Os parquímetros operam em Porto Alegre desde 1999. Até 2010, havia um contrato com a empresa Estapar. A partir de 2011, a administração, a manutenção e o monitoramento da cobrança passaram a ser feitos pela EPTC. Três licitações foram abertas, em 2010, 2011 e 2014, mas todas acabaram suspensas. Em 2016, um novo certame resultou na assinatura do atual contrato, após um longo imbróglio na Justiça.