As obras de restauração do Cais Mauá completaram um mês nesta quinta-feira (5). Nestes 31 dias, as empresas contratadas estão trabalhando na montagem do canteiro de obras e na retirada de entulhos e resíduos da região. A primeira fase já está 70% concluída. A atuação ocorre em uma área de 3,2 quilômetros à beira do Guaíba.
A cerca que divide a rua interna do cais já foi finalizada. Está sendo construído um segundo cercamento, próximo ao armazém B3, onde funciona a estação de embarque e desembarque do Catamarã. A delimitação servirá para garantir a segurança dos pedestres durante o período de obras, evitando o trânsito entre caminhões e máquinas que irão operar nas imediações.
A expectativa do diretor presidente do Cais Mauá do Brasil, Vicente Criscio, é que são necessárias mais quatro semanas para terminar a fase de descontaminação dos armazéns. A partir daí se dará o início das obras de restauração.
Antes, porém, será necessário escolher quem irá desempenhar este serviço. A direção do Cais Mauá tem dito que irá contratar empresas e mão de obra gaúchas.
A primeira parte da restauração vai durar dois anos e irá custar R$ 70 milhões. Outros R$ 49 milhões serão investidos para atender 40 exigências feitas pela prefeitura, como a criação de aproximadamente oito quilômetros de ciclovia para Porto Alegre e também a revitalização de duas passagens de nível para facilitar o acesso de pedestres ao Cais Mauá, que estão localizados na Rua Ramiro Barcelos e no largo do Mercado Público. Os recursos virão de um fundo de investimento que irá bancar a obra.
Para realizar as outras duas etapas, o consórcio precisará receber novas autorizações. Está prevista, ainda, a construção de três torres na zona das docas (perto da Rodoviária) e de um centro comercial próximo ao Gasômetro. Todo o complexo de 3,2 quilômetros deverá custar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões e ficar pronto em até seis anos. A exploração do espaço ocorrerá por 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25 anos.