Ações de vandalismo em três reservatórios do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) na Restinga, zona sul de Porto Alegre, podem provocar falta d'água em uma das regiões mais populosas da cidade.
Desde a última terça-feira (24), dois sensores que registram o nível da água, instalados há 60 dias nos reservatórios localizados na Alameda Cecílio Monza para melhorar a operação de abastecimento, foram furtados. Além do prejuízo de R$ 6 mil, o funcionamento do sistema fica prejudicado.
Os sensores são aparelhos eletrônicos que auxiliam os técnicos na regulação do nível da água que será distribuída aos moradores. O sensor envia um sinal remoto até o Centro de Controle Operacional, informando o status do nível da água a cada minuto. Sem a informação atualizada, os operadores do Dmae trabalham sem a certeza sobre se os reservatórios têm água suficiente para abastecer a região.
Sem o controle do enchimento dos reservatórios, pode haver transbordamentos e falta de abastecimento. Os bairros Restinga, Hípica, Chapéu do Sol, Lageado, São Caetano e parte dos bairros Boa Vista do Sul e Lami podem ter falta d’água.
Na quarta-feira, o Dmae fez a primeira reposição. O equipamento foi levado novamente na quinta, e a reposição será feita nesta sexta-feira (27). Além do valor do equipamento, o Dmae precisa tomar alguma outra medida para evitar novas ocorrências, como soldagem, colocação de correntes e cadeados. Outra possibilidade é lacrar o acesso ao sensor, mas a medida é evitada porque causa dificuldade para manutenções.
Os três reservatórios foram inaugurados em maio de 2016, ampliando em 70% a capacidade de reservação do Subsistema Restinga. O conjunto de reservatórios beneficia mais de 150 mil moradores da Restinga: o maior deles tem capacidade de armazenamento de até 1,9 milhão de litros de água, e os outros dois, de até 815 mil litros de água cada.
O Dmae pede “a colaboração da comunidade da Restinga para coibir e avisar sobre eventuais depredações aos seus equipamentos”.