Quase nove meses depois do pedido, o Ministério das Cidades atendeu solicitação da Trensurb e concedeu o reajuste no valor da passagem. A partir deste sábado (3), a tarifa aumentará de R$ 1,70 para R$ 3,30 — um acréscimo de 94%.
Em nota, a empresa justifica que o valor é necessário para seguir oferecendo o serviço.
"Mesmo com todos os esforços para realizar cortes de despesas, incluindo a terceirização de atividades de manutenção e a renegociação de contratos até as últimas possibilidades, a Trensurb chegou ao seu limite. Para que não se deixe de oferecer o melhor serviço possível aos usuários do metrô, o reajuste faz-se necessário. Desse modo, a empresa obteve autorização dos ministérios das Cidades e do Planejamento, referendada por seu Conselho de Administração, para realizar tal majoração", diz a Trensurb.
O valor da passagem não era reajustado desde 2008. Em 5 de janeiro daquele ano houve um aumento de R$ 1,50 para R$ 1,70. A atual tarifa só cobre 40% das despesas da empresa pública. O restante dos gastos é suprido pelo governo federal.
No ano passado, a Trensurb havia pedido ao ministério que autorizasse um reajuste menor, de 47%, que levaria o valor a R$ 2,50. Se fosse reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A), a tarifa ficaria em R$ 3,06, um acréscimo de 79,98%.
A partir de agora, a intenção da empresa é de que estes reajustes ocorram anualmente. A Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional prevê que a Trensurb terá apenas metade dos recursos de custeio que seriam necessários para 2018.
A Trensurb alega que as despesas aumentaram consideravelmente desde o último reajuste. Os gastos com energia elétrica cresceu mais de 100% nos últimos dez anos, o que elevou consideravelmente os custos de operação e manutenção.