Tipo de negócio cada vez mais característico do 4º Distrito, o Galpão Makers é um empreendimento que não se explica com duas ou três palavras. Espécie de "coworking de produção", é uma central de serviços que atende clientes externos além de ser a sede de várias empresas, conforme define um de seus gestores, o empreendedor Fábio Schmidt, 40 anos.
Atualmente, 24 marcas usam coletivamente o pavilhão, que tem com duas máquinas para trabalhar com madeira e metal. Ali, são produzidos diversos tipos de produtos, como móveis, objetos de design, arquitetura efêmera, artesanato, roupas e bicicletas. Em novo endereço, o Galpão Makers saiu da Rua Santos Dumont e se instalou na Gaspar Martins no início de março.
— Viemos pela localização e porque precisávamos de mais espaço. Não há residências ao redor. Fazemos um pouco de barulho. Além disso, a maioria dos nossos fornecedores, como chapas e tintas, estão aqui perto — explica Schmidt, proprietário da Solabici, empresa que produz bicicletas em estilo retrô sob medida.
O galpão se mantém com diferentes modalidades de associação. As empresas residentes pagam um aluguel conforme o tamanho da área privativa que utilizam e têm direito ao uso das máquinas. Há ainda os residentes sem uma baia. Também é possível pagar uma diária para usar o espaço. O equipamento também é usado para atender pedidos externos.
— Locamos o galpão direto com o proprietário, que compreendeu o modelo de negócio e autorizou a sublocação. Se não fosse assim, a maioria das empresas daqui nem existiria. A indústria criativa é dos pequenos. A maioria aqui é microempreendedor individual.
Para se conectar com a vizinhança e apresentar sua produção, os empresários promovem, oficinas de costura, workshops de luminárias e debates. A cada dois meses, ocorre o Dá-lhe Galpão, evento em estilo festa de rua, com comidas e cervejas artesanais.