Porto Alegre, Cachoeirinha, Esteio e Gravataí assinaram termo de convênio para a recuperação da área do aterro Santa Tecla. O local, na zona rural de Gravataí, recebeu por 15 anos os resíduos recicláveis produzidos na Capital. Em 2005, já com a superlotação da capacidade de lixo, Porto Alegre firmou acordo com o aterro de Minas do leão.
No acordo estabelecido na segunda-feira (13), com presença do prefeito de Gravataí, Marco Alba, do secretário de Planejamento e Gestão de Porto Alegre, José Alfredo Parode, e do diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), René Souza, os quatro municípios que alimentavam o aterro Santa Tecla terão responsabilidade conjunta nos esforços de recuperação do terreno de 12 hectares.
— É uma forma de remediarmos o impacto ambiental no aterro Santa Tecla. Continuaremos depositando resíduos orgânicos e rejeitos para o aterro de Minas do Leão — explicou René Souza.
O convênio tem o objetivo de garantir a execução financeira do programa de Recuperação da Área Degradada no aterro Santa Tecla. Segundo o DMLU, a ação deve durar cerca de 20 anos, até que seja concluída a manutenção e monitoramento da área. Para o secretário de Planejamento e Gestão de Porto Alegre, o convênio entre os municípios, uma ação pioneira na gestão integrada de resíduos, é uma forma de honrar o compromisso ambiental de recuperação de uma área que, por 15 anos, foi utilizada pela Capital.
O Santa Tecla foi fechado em 2013, por determinação do prefeito Marco Alba. Desde então, o terreno entrou em fase de recuperação com custos integralmente disponibilizados pelo município de Gravataí, valores que, somados desde a época até agora, chegam em torno de R$ 10 milhões.