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Depois de uma sequência de dias de chuva, o sol voltou a brilhar neste sábado (14) na Capital. Mesmo que os raios solares por vezes se alternassem com nuvens, o tempo seco e a temperatura amena (em torno de 22ºC) fizeram com que muitos porto-alegrenses aproveitassem o dia para passear, se exercitar ou mesmo colocar tarefas de casa – como lavar e secar roupas – em dia.
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Por volta das 15h, o analista de sistemas Vinícius Camillis, 39 anos, e a mulher, a servidora pública Gabriela, 36 anos, já haviam desenhado com um pedaço de tijolo um circuito para os filhos brincarem com seus patinetes no asfalto da Avenida Edvaldo Pereira Paiva – a Avenida Beira-Rio.
– Eles estavam loucos dentro de casa, sem ter o que fazer – disse Vinícius, enquanto os pequenos Otto, cinco anos, e Melissa, quatro, corriam e brincavam ao seu redor, no trecho que aos finais de semana costuma ser fechado ao trânsito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
– Quando vimos que (a chuva) deu uma parada, viemos logo para cá. Fomos os primeiros a chegar – celebrou Gabriela.
A poucos metros da família Camillis, o servidor público federal Antônio Melo, 48 anos, observava as primeiras pedaladas do filho Gabriel na bicicleta que ganhou de presente no Dia da Criança, na última quinta-feira (12).
– Ele (filho) não tinha saído de casa (com a bicicleta) ainda. Hoje foi o primeiro dia, depois de todos esses dias de inundação – comentou.
Com o tempo firme, ao longo da tarde a Avenida Beira-Rio foi sendo tomada por mais e mais pessoas, que aproveitaram a estiada e o sol para correr, caminhar, pedalar, patinar ou exercitar-se nos aparelhos da academia situada próximo à Rótula das Cuias.
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Na chuva, guarda-chuva; no sol, camiseta
No Centro Histórico, o sol trouxe de volta a presença maciça dos vendedores ambulantes, que ocuparam parte da calçada principal da Praça da Alfândega. Ao mesmo tempo, pequenos grupos de idosos reuniam-se para conversar ou jogar baralho – cena comum no local em dias mais quentes.
Por volta de 16h, o jovem Guilherme Silva, 18 anos, cuidava de dezenas de camisas de futebol expostas no chão, à espera de compradores. Segundo ele, mesmo quando o tempo está ruim – como ocorreu durante a semana –, é possível faturar algum dinheiro nas calçadas do Centro.
– Quando tem chuva, a gente vende guarda-chuva – explica Guilherme. – Dependendo do dia, dá mais dinheiro vendendo guarda-chuva do que camiseta – completa.
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Redenção lotada
Na Avenida José Bonifácio, a tradicional feira de artesanatos – onde, aos domingos, ocorre o Brique da Redenção – também atraiu bom público, especialmente do meio da tarde em diante, quando o sol brilhou mais forte. Da mesma forma, o Parque Farroupilha – o popular Parque da Redenção – foi tomado por pessoas caminhando, pedalando ou sentadas na grama ou em bancos de concreto.
Nas proximidades do espelho d'água, uma pequena multidão de pessoas aglomerou-se para acompanhar os shows da Festa Nacional da Música, evento que conta com a participação de artistas regionais e nacionais.
A jornalista Camila Amaral, 29 anos, aproveitou o dia agradável para levar o cão Pitoco para um passeio pelo parque. Segundo ela, os dias de chuva foram de muito tédio e dificuldades para o animal, que costuma fazer as necessidades na rua.
– Ele já vive em um ambiente pequeno. Para ele, foram dias complicados. Eu tinha de esperar a chuva parar para levá-lo para a rua – contou Camila.
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Chuva sem parar
No Rio Grande do Sul, 11 dos 13 dias deste mês registraram chuva – desde baixos volumes a fortes temporais, segundo a Somar Meteorologia. Em Porto Alegre, no período entre as 15h20min de terça-feira (10) e as 11h30min desta sexta-feira (13), choveu 200,20 milímetros na região central, quase o dobro da média histórica para outubro na cidade, que é de 114,30 milímetros.