A construção da nova ponte do Guaíba entra em um novo ritmo a partir de dezembro: parada. Só há recursos para executar os trabalhos por mais 30 dias. Por causa da falta de dinheiro, 450 funcionários serão demitidos no dia 1º de dezembro. Restarão no canteiro de obras aproximadamente 80 trabalhadores, número suficiente apenas para que o contrato não seja paralisado, o que dificultaria a retomada do serviço por parte das construtoras quando novos valores chegarem para a construção.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda tenta conseguir algum recurso para dezembro junto ao governo federal, mas o contingenciamento proposto pela União, e que foi enviado ao Congresso Nacional neste mês, prevê retirada de R$ 153 milhões que estavam previstos para a ponte ainda em 2017. Enquanto a discussão não é concluída pelos parlamentares, o dinheiro fica inacessível.
A construção está 55% pronta, mas, nos últimos dois meses, avançou apenas 2%. O consórcio constituído pelas construtoras Queiroz Galvão e EGT Engenharia é o responsável pela obra.
Os trabalhos começaram há três anos. Pela previsão contratual, a ponte deveria estar prestes a ser inaugurada. Porém, só deverá ser finalizada — na melhor das hipóteses — em 2019.
Em valores atualizados, a obra irá custar R$ 757 milhões. Desse total, R$ 404 milhões já foram investidos desde 2014.