Carris paga mais de R$ 1,3 milhão por rodar menos que consórcios privados

A Companhia Carris pagou hoje a primeira parcela de uma compensação estipulada por não ter realizado a rodagem estipulada pela EPTC. O valor encaminhado pela empresa pública à Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) é de R$ 1,3 milhão. Esta é a primeira parcela de uma série de sete que devem ser repassadas mensalmente pela companhia à Câmara de Compensação Tarifária da Capital.

De acordo com a associação, no ano passado, mais de 1,4 milhão de quilômetros deixaram de ser rodados. Por conta disso, a empresa foi cobrada pela ATP a compensar o serviço não realizado. Neste ano, de fevereiro a maio, a companhia pública percorreu 500 mil quilômetros a menos do que o estipulado pelo órgão gestor.

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Os quilômetros que deixam de ser rodados afetam o equilíbrio econômico entre empresas, em um sistema regulado pela Câmara de Compensação Tarifária. Em função do déficit de rodagem, o percentual de receita que a Carris tem direito de receber está diferente do custo, quando deveria ser equivalente. Para corrigir essas diferenças, existe câmara de compensação tarifária na capital gaúcha.

A Carris foi procurada para repercutir o caso, mas não se manifestou.