Até o meio do próximo ano, o número de pacientes que aguardam por internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode reduzir em um terço nos pronto-atendimentos de Porto Alegre. Essa é a expectativa da Secretaria de Saúde com a implantação do Hospital Santa Ana, cuja a carta de intenções foi assinada na manhã desta segunda-feira (28).
– Não vai resolver o problema da superlotação, mas vai reduzir. E vamos anunciar mais leitos em outra instituição em breve – sinalizou o secretário de Saúde, Erno Harzheim.
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Parceria entre a prefeitura e a Associação Educardora São Carlos (Aesc), o Santa Ana contará com 208 leitos. Ele funcionará em uma área de 5 mil metros quadrados junto ao Hospital Espírita, que será revitalizada. As operações devem ter início em novembro, e o funcionamento pleno está previsto para o primeiro semestre de 2018, "antes do inverno".
Em discurso de 20 minutos durante a cerimônia de assinatura da carta, realizada no Hospital Espírita, na zona sul da Capital, o prefeito Nelson Marchezan destacou as medidas de contenção de despesas da prefeitura e a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para melhorar os serviços da cidade.
– Segurança, saúde e educação são as prioridades do governo. E os recursos vêm do contribuinte. Se queremos serviços melhores, o nosso IPTU deve ser, no mínimo, parecido com o das outras capitais – disse, defendendo a revisão da planilha do IPTU proposta pelo Executivo.
Marchezan ainda classificou a PPP que deve implantar o novo hospital como "um passo gigantesco" para a melhoria do atendimento em saúde do município. Dos R$ 4 milhões mensais para a manutenção do Santa Ana, R$ 2 milhões serão custeados pela Aesc, enquanto o restante virá do município (três quartos desse valor serão recursos de origem federal).
Os 208 leitos que serão gerados com criação do Hospital Santa Ana – um acréscimo de 4,4% nas vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre – têm por objetivo servir de retaguarda a hospitais com atendimento de alta complexidade, desafogando emergências.
Estrutura prevista
- Unidade de Terapia Intensiva com capacidade para atendimento simultâneo de 20 pacientes
- 16 leitos clínicos
- 30 leitos de saúde mental
- 75 leitos de longa permanência
- 59 leitos de retaguarda
- 8 leitos de isolamento
- Centro de Recuperação Auditiva e Intelectual
- Equipe do programa Melhor em Casa (que faz o acompanhamento de pacientes em domicílio após a alta)