Uma briga entre um parlamentar e um servidor municipal dentro de um prédio da prefeitura de Porto Alegre na tarde desta sexta-feira (7) virou caso de polícia e guerra de versões. Enquanto o vereador Valter Nagelstein (PMDB) relata ter sido empurrado no corredor do edifício no Centro Histórico – o que teria originado uma reação sua –, o funcionário da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) José Augusto Marchand diz que foi chamado em uma sala e sofrido agressões do vereador.
De acordo com Marchand, a origem do conflito estaria no dia anterior – ele e mais alguns colegas comentaram uma publicação do vereador no Facebook sobre a polêmica de quarta-feira (5) na Câmara Municipal (que aprovou o aumento da alíquota da contribuição previdenciária dos servidores), o que causou contrariedade do parlamentar.
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Conforme Marchand, nesta sexta-feira, ele foi surpreendido enquanto estava na sala em que trabalha na Smurb, por volta das 14h20min:
– Ele (Nagelstein) me chamou, e fomos até a sala ao lado para conversar.
O vereador confirma que chamou o servidor, mas que eles permaneceram no corredor do prédio.
– Passei em frente à sala dele (Marchand) e o chamei: "Tu podes conversar comigo?" – conta Nagelstein. – Fui atacado no corredor da secretaria, com ofensas. Ele investiu para cima de mim, e eu apenas me defendi na circunstância – acrescenta.
Marchand, por sua vez, afirma que os dois entram em outro ambiente, onde o parlamentar teria começado a agredi-lo:
– Ele simplesmente me deu três tapas na cara. Eu nem encostei nele, nem esbocei gestos para me defender.
O vereador relata que não havia testemunhas no momento das agressões.
– Era só eu e ele, só nós dois. Depois, houve uma discussão. Quando eu me defendo e repilo a investida dele, se seguiu uma discussão. E, nessa discussão, vieram os servidores que estavam lá – sustenta.
De acordo com Marchand, a briga foi separada por cerca de 15 pessoas:
– Ele ficou totalmente enfurecido e talvez tivesse partido mais para cima de mim se não tivesse chegado gente para separar.
Por volta das 16h30min, enquanto o servidor registrava ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), no bairro Santana, o parlamentar adotava a mesma medida a pouco mais de três quilômetros, na 1ª Delegacia da Polícia Civil (Centro).
Na quinta-feira, o vereador Valter Nagelstein publicou um texto no Facebook:
Mais tarde, no mesmo dia, o servidor respondeu: