Não é somente a chuva a explicação para a proliferação dos buracos em Porto Alegre. A decisão da prefeitura de suspender o pagamento a fornecedores que possuem dívidas não quitadas da gestão anterior também reflete na manutenção de ruas e avenidas.
Em entrevista nesta terça-feira (20) ao Gaúcha Atualidade, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, informou que a empresa fornecedora de areia para as obras da cidade também suspendeu a distribuição do insumo enquanto não receber o montante atrasado.
A dívida, que data desde maio do ano passado, ultrapassa em pouco mais de R$ 700 mil. Mas sem dinheiro, Marchezan diz que a prefeitura não tem prazo para regularizar o pagamento.
– Estamos buscando uma alternativa financeira com relação ao fornecedor para que ele tenha compreensão da situação – relata Marchezan.
Segundo o prefeito, mesmo com a falta de areia, 110 recapeamentos de emergência foram feitos no período de chuva. Marchezan alega também que há outras medidas sendo tomadas para tentar recuperar ruas e avenidas.
A prefeitura está mapeando obras recentes de pavimentação que já apresentem danos. O objetivo é notificar as empresas responsáveis, já que o pavimento tem garantia de cinco anos.
– São obras que, por lei ou contrato, estão no prazo de validade. Vamos publicar essa relação e pedir que a população ajude a fiscalizar – explica o prefeito.
Segundo Marchezan, o mesmo valerá para empreendimentos imobiliários onde ruas e avenidas no entorno foram construídas como contrapartida. O entendimento da prefeitura é que esses locais onde o pavimento estiver danificado também serão de responsabilidade dos empreendimentos providenciar o conserto.