Durante a tarde desta quinta-feira (4), servidores municipais de Porto Alegre se reuniram em assembleia geral no Centro de Eventos Parque Harmonia (Casa do Gaúcho) para definir a mobilização contra um pacote de oito projetos de lei encaminhados pelo prefeito Nelson Marchezan à Câmara Municipal em 26 de abril. O debate promovido pelo Sindicato dos Municipários (Simpa) girou em torno, principalmente, de duas medidas: reposição da inflação aos salários e aumento da alíquota previdenciária.
O encontro, que começou às 14h, contou com discursos contrários aos governos municipal, estadual e federal. Servidores se sentem prejudicados, sobretudo, com a proposta de observar a disponibilidade orçamentária do município para incorporar a inflação aos vencimentos. A elevação das alíquotas de contribuição previdenciária de 11% para 14% também foi destacada como negativa ao funcionalismo público.
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Os projetos de lei encaminhados por Marchezan, conforme a prefeitura, têm o objetivo de frear a crise financeira da Capital. A administração municipal pediu urgência para aprovação das medidas à Câmara.
Uma caminhada até o Paço Municipal levaria o resultado da assembleia geral ao chefe do Executivo. Porém, ao fim do encontro, a proposta não foi aceita. A entrega ficou adiada para esta sexta-feira.
Ação contra a Cabify
Integrantes do Simpa, em manifestações durante a assembleia geral, afirmaram que vão entrar com uma ação na Justiça contra a Cabify. O motivo é o fato de a prefeitura ter feito parceria com a empresa de transporte por aplicativo para dar desconto de R$ 15 em duas corridas (ida e volta) aos servidores municipais e, assim, garantir locomoção para quem quisesse trabalhar na sexta-feira passada (28), dia da Greve Geral.