O diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, garantiu que não será mais concedido o “carteirão” provisório, autorização para que taxistas prestem o serviço em Porto Alegre. A mudança no processo ocorre depois que um taxista com antecedentes criminais foi preso, nesta terça-feira. As informações são da Rádio Gaúcha.
Dagoberto Feijó foi preso na Avenida João Pessoa por tráfico de drogas, com crack e cocaína, além de anotações contendo informações sobre os valores vendidos. Conforme a Polícia Civil, ele tinha antecedentes por roubo qualificado e associação criminosa, já que havia sido preso em flagrante assaltando uma loja de calçados.
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Soletti garantiu, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, que o motorista estava com o “carteirão” provisório de 15 dias, que venceria hoje, e que ele havia apresentado negativas criminais que comprovam que não tinha condenação. O diretor-presidente afirmou, também, que a EPTC já iria fazer o descadastramento do motorista porque, durante a autorização provisória, identificou os antecedentes criminais.
– Ele respondeu por alguns crimes, mas em nenhum deles havia condenação. Mesmo assim, ele seria descadastrado em razão dos antecedentes. Há um processo eletrônico de segunda-feira determinando o descadastramento – afirmou.
Após este caso, a EPTC decidiu mudar o procedimento para a aprovação de taxistas. Atualmente, para obter a autorização provisória, os motoristas precisam apresentar apenas negativas de condenação na Justiça. Agora, com a mudança, precisarão passar também pelo filtro que mostra que eles não têm antecedentes criminais.
– Não haverá mais carteirão provisório. A pessoa que quer ingressar no sistema, enquanto não passar por todos os filtros, não vai – garantiu.
Taxistas que atuam há mais tempo já passaram por todos os filtros. De um total de cerca de 10 mil, 400 foram descadastrados.