As ocorrências de acidentes envolvendo carros alegóricos de duas escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro, neste ano, levantaram o questionamento acerca da estrutura das alegorias que desfilam no Porto Seco. Como são construídos os carros que ajudam a contar os temas-enredos e qual é a estrutura de segurança aos desfilantes e ao público que vai assistir no Sambódromo de Porto Alegre?
Mesmo que haja diferenças importantes entre os carros alegóricos das escolas cariocas e da Capital – tanto no que diz respeito ao orçamento quanto na estrutura –, o Diário Gaúcho procurou o engenheiro civil Valdinei Marques Nascimento, que inspeciona as alegorias do Carnaval de Porto Alegre desde 1993. Ele foi jurado do Carnaval, carnavalesco, e desde 2010 é responsável pelo projeto de toda a estrutura de desfiles no Sambódromo.
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Valdinei conta que a exigência de fiscalização dos carros passou a existir após o acidente durante o desfile de uma escola de samba, em 1992, no qual a integrante da escola fraturou a bacia.O Crea-RS também fiscaliza o Carnaval.
De acordo com o engenheiro químico e de segurança do trabalho e gestor de fiscalização do Crea-RS, Marino Greco, nesta terça-feira, o conselho fará uma nova fiscalização em toda a estrutura do Carnaval de Porto Alegre. Neste ano, na Operação Carnaval, o Crea fiscalizou 341 empreendimentos no Estado. No caso dos carros alegóricos, o Crea solicita a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), um laudo definitivo, que aponta que os carros estão adequados.
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Roberta Schuler
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