Neste ano, os blocos de rua reinaram soberanos em uma Porto Alegre fervorosa por Carnaval. Com os desfiles das escolas adiadas para fim de março, a principal folia ficou por conta do improviso e criatividade das ruas.
Na Cidade Baixa e Avenida Edvaldo Pereira Paiva, a presença do público superou as expectativas da organização. À exceção de problemas de infraestrutura como a quantidade de banheiros químicos, restos de lixo na rua e momentos em que houve mais de um bloco no mesmo lugar (o que deixou alguns foliões confusos), tudo parece ter funcionado bem. Esta é a avaliação de Érico Leotti, coordenador do Carnaval na Prefeitura.
Mesmo sob temperaturas acima de 30ºC, amenizadas só após as 17h, Leotti diz que Porto Alegre se consolidou na modalidade "folia espontânea". A dispersão após o encerramento, às 21h, é o principal ponto que, segundo ele, pode melhorar no próximo ano, "para evitar problemas no trânsito". Entre os avanços obtidos, destaca a atuação das ligas que organizam os blocos:
– A visão integrada facilitou o controle, a comunicação e foi um diferencial em termos de organização.
Para Otávio Pereira, responsável pelo Carnaval descentralizado, a primeira vez da atuação conjunta dos blocos na Orla do Guaíba deixou saldo positivo. Para o próximo ano, ele pede maior apoio logístico da prefeitura:
– Queremos uma estrutura com mais cercamento, tapumes e banheiros. A tendência para 2018 é que venha mais gente, e para isso iremos precisar estar bem preparados.
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Responsável pela produção do carnaval da Cidade Baixa, Cláudio Fávero também ficou satisfeito com o resultado dos últimos dias de festa, mas lamenta que faltem recursos da prefeitura. Segundo ele, o público aderiu, a estrutura com os órgãos públicos funcionou e o preço da bebida estava bom.
Ainda que o feriado tenha terminado, os blocos não param. No reduto boêmio, a folia segue até 18 de março. Nos demais bairros, há blocos até 7 de maio. Veja o calendário.