Em Porto Alegre, um ato contra a reforma da Previdência foi realizado no fim da tarde, no Centro Histórico. Após a concentração na Esquina Democrática, o grupo saiu em caminhada por volta das 19h e seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares. Em um caminhão de som, integrantes de sindicatos e movimentos sociais fizeram discursos.
– Isso (as medidas propostas pelo governo federal) é voltar à escravatura. Daqui a uns anos, vamos ter que lutar pela Lei Áurea novamente – afirmou a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
Leia mais:
Manifestação contra reforma da Previdência reúne 10 mil pessoas em Brasília
Protestos contra Reforma da Previdência bloqueiam rodovias na Serra
O universitário Felipe Belasquem fez questão de comparecer e ressaltar que a mudança prejudicará todos os estudantes:
– Não tem perspectiva nenhuma de aposentar. Vou trabalhar até morrer.
Com faixas e cartazes pedindo a saída do presidente Michel Temer, os manifestantes percorreram a Avenida Borges de Medeiros, a Rua José do Patrocínio e, no final do percurso, bloquearam a Avenida Loureiro da Silva durante uma hora. A Brigada Militar acompanhou o trajeto, mas não interveio em nenhum momento.
Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), destacou que o ato unificado concluiu um dia vitorioso de manifestações e paralisações.
– Foi um ato organizado, pacífico, que demonstrou o grau de disposição das pessoas para continuar a luta – disse.
Mais cedo, por volta das 17h, alguns manifestantes entraram na estação da Trensurb do Mercado Público e impediram os usuários de passarem pelas catracas. O grupo pediu para as pessoas passarem por uma outra porta, sem pagarem passagem. Essa ação durou cerca de uma hora.