Pegos de surpresa pelo protesto de motoristas e cobradores de ônibus, que começou às 7h30min desta quarta-feira e teve impacto no trânsito da região central de Porto Alegre, alguns passageiros enfrentaram transtornos para se deslocarem. Os rodoviários, que estão em negociação salarial, fizeram uma caminhada dos corredores de ônibus das avenidas João Pessoa, Osvaldo Aranha e Farrapos até a prefeitura.
Diante do relato do motorista de que a linha em que estava levaria duas horas para cumprir o trajeto da Avenida Ipiranga até a Rodoviária, o frentista Thiago Martins Peres optou por deixar o veículo e seguir caminhando. Levou mais de uma hora para chegar ao destino.
– Caminhei por 45 minutos peguei outro ônibus, que levou 25 minutos para chegar – relatou o frentista, que tomaria outro transporte até Canoas, na Região Metropolitana.
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O estudante Daniel Martins, 18 anos, foi persistente. Apesar de estranhar a lentidão da linha T6, que pega quase diariamente, optou por permanecer no veículo rumo à Avenida Bento Gonçalves, onde tinha horário para cortar o cabelo.
– Normalmente, esse trajeto levaria meia hora. Não faço ideia de por que demorou tanto – disse, após mais de uma hora de viagem.
Morador da Zona Sul, Leonardo Mendes, 22 anos, calculou o prejuízo antes de sair de casa. Em vez de tomar uma condução com destino à Rodoviária, onde pegaria um ônibus para Santa Catarina, preferiu uma linha que fosse até a Avenida Salgado Filho, de onde seguiu caminhando até o terminal de ônibus central.