Com o aumento no número de reclamações sobre o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) está analisando os casos reportados pelo telefone 156. De acordo com o diretor interino Rafael Zanetti, o órgão escolheu uma amostragem de clientes que registraram o forte odor para fazer uma análise in loco ainda nesta segunda-feira (27).
Mesmo assim, Zanetti garante a potabilidade da água a partir de exames sensoriais feitos pela equipe técnica do Dmae. “Existe, sim, uma ocorrência desse odor terroso, mas está dentro do que portaria do Ministério da Saúde preconiza como aceitável. Reforçamos o padrão de portabilidade da água em Porto Alegre”, frisa.
Segundo o diretor interino, não há uma afloração de algas no Guaíba. “Ainda estamos esperando o resultado de outro exame, sobre as substâncias do tipo MIB e Geosmina, mas o sensorial já garante o consumo”, reitera.
Desde a última quinta-feira (23), a equipe de reportagem da Rádio Gaúcha recebe reclamações sobre o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre. Os relatos se concentram nos bairros São Geraldo, Petrópolis, Higienópolis, Cidade Baixa, Rubem Berta, Partenon, Bela Vista e Jardim Ipiranga. Até mesmo com casos de enjoos e vômito.
Porém o Dmae diz que o gosto e o odor não superam o padrão aceitável para consumo. Sobre o uso de carvão ativado no tratamento da água, normalmente adotado em situações semelhantes, Rafael Zanetti afirma que não há justificativa, neste momento, para usar esse reagente.
“Mas o Dmae não faz qualquer tipo de análise financeira acima da análise da qualidade do produto que ele distribui”, ressalta. O carvão ativado é considerado um componente caro e que eleva os custos do tratamento.
Coloração
Em relação à coloração, o diretor interino do Dmae orienta para que a população não consuma quando a água apresentar mudança no pigmento. “Fizemos uma lavagem em oito pontos da rede nesta madrugada (27), mas não encontramos mudança na coloração”, relata. Segundo Zanetti, os problemas podem ser pontuais e devem ser registrados junto ao Dmae pelo telefone 156.