Com o aumento no número de reclamações sobre o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) está analisando os casos reportados pelo telefone 156. De acordo com o diretor interino Rafael Zaneti, o órgão escolheu uma amostragem de clientes que registraram o forte odor para fazer uma análise in loco ainda nesta segunda-feira.
Mesmo assim, Zaneti garante a potabilidade da água a partir de exames sensoriais feitos pela equipe técnica do Dmae.
– Existe, sim, uma ocorrência desse odor terroso, mas está dentro do que portaria do Ministério da Saúde preconiza como aceitável. Reforçamos o padrão de potabilidade da água em Porto Alegre – frisa.
Segundo o diretor interino, não há uma afloração de algas no Guaíba.
– Ainda estamos esperando o resultado de outro exame, sobre as substâncias do tipo MIB e Geosmina, mas o sensorial já garante o consumo – reitera.
Desde a última quinta-feira, a equipe de reportagem da Rádio Gaúcha recebe reclamações sobre o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre. Os relatos se concentram nos bairros São Geraldo, Petrópolis, Higienópolis, Cidade Baixa, Rubem Berta, Partenon, Bela Vista e Jardim Ipiranga. Há relatos de enjoos e vômito.
Porém o Dmae diz que o gosto e o odor não superam o padrão aceitável para consumo. Sobre o uso de carvão ativado no tratamento da água, normalmente adotado em situações semelhantes, Rafael Zaneti afirma que não há justificativa, neste momento, para usar esse reagente – o carvão ativado é considerado um componente caro e que eleva os custos do tratamento.
– Mas o Dmae não faz qualquer tipo de análise financeira acima da análise da qualidade do produto que ele distribui – ressalta.
Coloração
Em relação à coloração, o diretor interino do Dmae orienta para que a população não consuma quando a água apresentar mudança no pigmento.
– Fizemos uma lavagem em oito pontos da rede nesta madrugada (27), mas não encontramos mudança na coloração –relata.
Segundo Zaneti, os problemas podem ser pontuais e devem ser registrados junto ao Dmae pelo telefone 156.
* Rádio Gaúcha