As empresas de ônibus de Porto Alegre e os rodoviários ainda não chegaram a um acordo sobre o dissídio de motoristas e cobradores. Esse é o ponto crucial para que o novo valor da tarifa seja calculado e submetido ao Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu). Mas, como a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) reivindica mudanças no sistema, o impasse deve persistir na próxima semana. As informações são do blog Cenário Político, da Rádio Gaúcha.
Entre os pedidos das companhias, está o de redução das gratuidades e da segunda passagem. Uma saída apontada em reuniões a portas fechadas com o Executivo da Capital seria voltar a cobrar metade do valor da segunda passagem, como ocorria até 2011. A prefeitura ainda não se posiciona oficialmente sobre o assunto.
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Na próxima semana, o prefeito Nelson Marchezan deve disponibilizar todas as planilhas que compõem o preço final da tarifa e, a partir disso, consultar a população sobre gratuidades. Além da segunda passagem, a isenção para pessoas de 60 a 64 anos será um ponto de discussão.
A ATP alega que a redução de passageiros desde o início do contrato vigente levou a desequilíbrio financeiro. No último ano, o recuo foi de 947,5 mil viagens em comparação com 2015. Devido a isso, a Câmara Municipal aprovou a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas por mais dois anos após projeto apresentado pelo Executivo. O corte de benefícios também poderia acalmar as companhias, que chegam a alegar que poderão enfrentar dificuldades para pagar os salários em dia.
Valores da tarifa
As empresas apresentaram cálculos à prefeitura que embasariam o valor de R$ 4,30 para a passagem neste ano. A EPTC também fez as contas e chegou a projeções de R$ 3,95 (sem reajuste a rodoviários), R$ 4 (com reajuste de 5,15% parcelado) e R$ 4,05 (com reajuste de 5,15% em fevereiro).