Porto Alegre corre risco de perder US$ 39 milhões (o equivalente a R$ 124,4 milhões) para a última etapa de obras do Programa Integrado Sócio Ambiental (Pisa). Os recursos estão disponíveis pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas aguardam medidas da prefeitura para serem liberados.
De acordo com o prefeito Nelson Marchezan, o alerta foi feito pela representante em saneamento do BID no Brasil. Cláudia Nery esteve reunida com o prefeito no Paço Municipal.
Conforme Marchezan, o contrato pode ser cancelado se o Executivo não apresentar um cronograma de obras.
– (São obras) Que se referem a casas de bombas para macrodrenagem, algumas obras viárias que têm grande impacto na região da zona sul e 540 unidades habitacionais para acomodar aquelas pessoas que terão de sair daquelas regiões próximas – disse o prefeito.
Marchezan se comprometeu em agilizar os estudos para permitir a liberação da verba.
De acordo com o secretário de Gestão no governo de José Fortunati, Urbano Schimitt, houve dificuldade para desapropriar duas áreas na zona sul da cidade, onde serão construídas as unidades habitacionais para as pessoas que terão de ser removidas do local da obra.
– O contrato foi prorrogado até dezembro de 2017. Serão construídos 200 apartamentos na Rua Claudino e 340 casas na Rua Tamandaré. Os projetos estão prontos e na fase final de aprovação da Smam (Secretaria Municipal do Meio Ambiente). Houve a demora na desapropriação das áreas, mas hoje está tudo consolidado – afirmou.
Ainda de acordo com Schimitt, essa é a etapa final do Pisa. A primeira foi a construção e colocação em operação da Estação de Tratamento de Esgoto da Serraria, que ampliou o tratamento de 18% para 66%. Nessa última etapa foram construídos canal e dique entre as Avenidas Diário de Notícias e Icaraí. E essa obra que faltou é a sequência até o Arroio Passo Fundo.
* Rádio Gaúcha