O prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior (PSDB), deve priorizar o pagamento dos salários mensais em dia a partir de janeiro, quando irá assumir o município. Como segunda prioridade, elege o 13º salário, que será atrasado, e as dívidas com fornecedores.
Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, nesta sexta-feira (2), Marchezan afirmou que ainda não tem os dados financeiros completos da Capital, mas disse que a situação é pior do que imaginava (ouça a íntegra abaixo).
“A gente está estimando valores bem grandes, que a gente não quer ainda tornar públicos antes de ter certeza absoluta. Mas é uma situação, eu diria, que percentualmente bem pior do que a do Estado”, declarou.
Sobre a possibilidade de empréstimo para quitar o 13º salário ainda em dezembro, situação aventada pelo prefeito José Fortunati (PDT), Marchezan disse que não considera essa alternativa. O motivo é a despesa que seria gerada com juros. Ele também reforça que não deve conceder desconto para pagamento do IPTU, com o argumento de que seria renunciar receitas em um momento de crise.
Atraso
Durante a manhã, Fortunati anunciou que a prefeitura não terá recursos para pagar duas folhas para o funcionalismo no mês de dezembro. Assim, ele disse que pagará o salário normal de dezembro, tentando fazê-lo antes do natal, mas que o 13º ficará para 2017. Ele voltou a afirmar que a antecipação do pagamento do IPTU, com desconto maior, poderia evitar essa situação. Ainda assim, destacou o respeito ao pedido de Marchezan de preservar as receitas do próximo ano.