A infestação do mosquito Aedes aegypti atingiu o nível de alerta na última semana em Porto Alegre. Os dados são coletados pela prefeitura da Capital através de um monitoramento realizado semanalmente em 935 armadilhas que fazem a captura das fêmeas adultas do mosquito. Os aparelhos estão instalados em 31 bairros considerados vulneráveis e com histórico de casos confirmados de dengue, zika e chikungunya.
A condição de alerta indica que os moradores devem reforçar os cuidados para evitar criadouros do mosquito transmissor das doenças. Entre elas, está a verificação e a eliminação da água parada em pátios, vasos de flor, calhas, ralos, entre outros.
Desde 2012, o monitoramento do avanço do Aedes aegypti é feito na Capital para verificar a densidade de mosquitos adultos em cada uma das armadilhas. O número de coletas de fêmeas adultas do inseto gera o índice semanal, que é dividido em níveis satisfatório, moderado, alerta e crítico.
A Vigilância em Saúde reforça que agora, com a abertura da temporada de verão, a população deve ficar atenta aos primeiros sintomas das doenças, principalmente ao fazer viagens em locais com transmissão viral e casos confirmados de dengue, zika ou chikungunya. Diante das primeiras manifestações, a orientação é procurar atendimento médico.
Confira as principais diferenças de sintomas das três doenças:
Números no RS
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o Rio Grande do Sul registrou, até o momento, 2.434 casos confirmados de dengue em 2016. Desses, 89% são autóctones, ou seja, contraídos dentro do Estado, distribuídos em 34 municípios. O pico da incidências dos casos foi entre fevereiro e março.
Em relação à febre chikungunya, foram 69 casos confirmados neste ano, sendo três autóctones, em residentes em Ibirubá, Alegrete e Ijuí. Em 2016, 85 casos de zika vírus também foram confirmados pelas autoridades - 44 deles contraídos no Rio Grande do Sul.
Atualmente, 211 municípios do Estado são considerados infestados pelo Aedes aegypti.