O taxista que foi morto a tiros à noite passada (20), em Porto Alegre, teve a ficha criminal analisada pela EPTC no mês de junho. Na ocasião, Pablo Josemar Thomas Andrade, de 39 anos, ainda não respondia por falso testemunho na investigação de um assassinato ocorrido em junho de 2015, no bairro Partenon.
Porém, na ficha do motorista já havia um indiciamento, por ameaça. Mas, segundo a EPTC, este crime não está enquadrado na resolução publicada em janeiro pela empresa, que entrou na lista dos crimes passíveis de cassação da licença de profissionais.
Desde janeiro, a EPTC já fez um pente-fino na ficha criminal de 10.507 taxistas. Destes, 415 foram cassados com base na lei de antecedentes. São diversos motivos, como furto, roubo, tráfico de drogas, estelionato, entre outros. Falta ainda apurar a conduta de mais 1,5 mil profissionais.
Em 2016, a EPTC recebe uma média de 235 reclamações por mês. De janeiro a outubro já foram protocoladas 2.346 queixas. As campeãs são imprudência no trânsito, com 43,3%; contra o próprio motorista, 37,0%; reclamação geral de táxi é a terceira reclamação, com 6,9%.
Sobre o assassinato do taxista, o delegado Rodrigo Reis informa que a polícia já trabalha com dois nomes que são considerados suspeitos pelo crime. Uma das possibilidades analisada é que ele tenha sido vítima de uma queima de arquivo, já que o motorista havia sido testemunha de uma investigação de homicídio. O taxista aguardava uma passageira dentro de um Classic quando ocupantes de um veículo branco passaram atirando.