Teve início nesta quarta-feira o julgamento do servidor público federal Ricardo Neis, acusado de atropelar ciclistas que participavam do movimento Massa Crítica em 25 de fevereiro de 2011, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. A Neis, são atribuídos os crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal.
O julgamento, na 1ª Vara do Juri de Porto Alegre, teve início pela manhã e se estendeu até o início da noite. Foram ouvidas 10 vítimas do atropelamento e duas testemunhas arroladas pela defesa do réu durante a sessão presidida pelo juiz Maurício Ramires.
Os trabalhos do primeiro dia de julgamento foram encerrados por volta das 19h20min e retomados na manhã desta quinta-feira.
Veja como foi o primeiro dia do júri:
Tribunal do Júri
É composto por sete cidadãos da sociedade civil, que são sorteados entre um total de 25 jurados no dia da sessão. Julgamentos neste formato costumam ocorrer quando se trata de crime doloso contra a vida. Depois de ouvir as teses de acusação e defesa, caberá aos jurados decidir.
Os promotores Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena de Lima Callegari atuarão na acusação, representando o Ministério Público. Acompanhando o caso desde 2014, quem estará à frente da defesa do réu será o advogado Manoel Pedro Castanheira.
Os sete jurados podem decidir entre:
> Condenar o réu por tentativa de homicídio simples. Nesse caso, o cálculo da pena é responsabilidade do juiz.
> Condenar o réu por tentativa de homicídio qualificado (motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa). Nesse caso, o cálculo da pena também é de responsabilidade do juiz.
> Condenar apenas por lesões corporais. Nesse caso, o juiz julga a conduta do réu.
> Absolver o réu, se o júri entender que o réu é inocente das acusações.