Neste domingo, 1.098.515 eleitores da Capital voltarão às urnas para decidir qual dos dois candidatos terá a missão de governar Porto Alegre a partir de 2017: Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ou Sebastião Melo (PMDB), que se enfrentam neste segundo turno do pleito.
A fim de ouvir os anseios da população a respeito do que espera da administração municipal, o Diário Gaúcho rodou 125km nesta semana, percorrendo cinco bairros da Capital: Rubem Berta, na Zona Norte, Restinga, na Zona Sul, Partenon na Zona Leste, Ilha da Pintada, na Região da Ilhas, e o Centro de Porto Alegre.
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De lá, a reportagem trouxe questionamentos de moradores. As perguntas foram respondidas pelos dois candidatos que disputam o segundo turno. Confira as soluções para os problemas pensadas por Marchezan e Melo e saiba os detalhes do dia de votação.
Segurança no Rubem Berta
A auxiliar de serviços gerais Denise Fonseca Simões, 50 anos, moradora do Bairro Rubem Berta há 30 anos, diz que o bairro está esquecido. Há quatro meses, segundo ela, foi fechado o posto policial da Rua Wolfram Metzler e, desde então, a insegurança tomou conta. Um dos filhos, de 18 anos, já foi assaltado à noite, na volta da escola. Ela não se sente segura.
Ilhas e habitação popular
O vigilante Jean Vieira de Souza, 25 anos, morador da Ilha da Pintada há cinco anos, conta que, neste período, enfrentou cinco enchentes. Na avaliação dele, a região das Ilhas não foi citada durante a campanha eleitoral.
Pela saúde e educação no Bairro Partenon
O alfaiate Vilmar Vargas, 50 anos, vive no Bairro Partenon há mais de 30 anos. Ele reclama do sistema de saúde da região, que deveria ter mais médicos. Avô de duas crianças pequenas, também é sensível à dificuldade das mães que não conseguem vaga em creches públicas no bairro.
Buraqueira na Restinga
A cozinheira aposentada Alda Maria da Silva, 68 anos, vive há 45 anos na Restinga. É do tempo em que havia ônibus circulando apenas em três horários por dia no bairro. Quando questionada sobre qual melhoria no bairro deveria ser priorizada pelo próximo prefeito, não titubeia: a conservação das ruas do bairro, principalmente as da Primeira Unidade, que estão cheias de buracos.
Mais organização no Centro
O segurança Flávio Olson da Silva, 32 anos, a esposa, a fiambreira Jucileia José Dias, 26 anos, e os filhos Luiz, dez anos, e Flávia, quatro, vão ao Centro, mas só por necessidade, não mais por gosto.