Manifestantes realizaram um protesto, na noite desta segunda-feira (24), no Centro de Porto Alegre, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que impõe um teto para os gastos públicos por 20 anos.
A manifestação teve início por volta das 18h30. O grupo se concentrou na Esquina Democrática e saiu em caminhada por avenidas da região central - como Borges de Medeiros, Júlio de Castilhos, Túnel da Conceição e João Pessoa.
As linhas de ônibus do transporte coletivo que atendem o Terminal Parobé foram afetadas e tiveram que ser desviadas.
Na Osvaldo Aranha, houve confronto entre manifestantes e a Brigada Militar, que lançou bombas de efeito moral contra o grupo. Seis contêineres de lixo foram virados, e uma agência bancária teve a vidraça quebrada.
O confronto começou quando os manifestantes saíram da Avenida Venâncio Aires e ingressaram na Osvaldo Aranha. A BM percebeu que os vidros da agência bancária foram quebrados e lançou as bombas de efeito moral.
Segundo o tenente-coronel Marcus Vinicius, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a Brigada Militar só reagiu após os manifestantes depredarem carros e agências bancárias. "Era uma manifestação pacífica. Os manifestantes que vinham tentando fazer depredações eram contidas pelos próprios manifestantes", afirmou.
Ele ainda afirmou que duas viaturas da Brigada Militar foram atingidas por pedras. "Nós tivemos duas viaturas quebradas, pedras arremessadas contra policiais. A partir daí, nós começamos a atuar para dispersar essas pessoas", disse.
A BM lançou diversas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, que revidaram lançando mais pedras contras os policiais. Um grupo de manifestantes entrou no pátio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Depois de cerca de 20 minutos, a situação foi normalizada.
A PEC 241 deve ser votada pela Câmara dos Deputados, em segundo turno, nesta terça-feira. No primeiro turno, 366 deputados federais disseram sim à proposta.